sexta-feira, 14 de março de 2008

NA CASA DE MADEIRA E ZINCO


É sobre nós, Maria!


Na capulana das promessas
adiadas
com ela me percorri
vagueei nos silêncios
da fome de ternura
buscando suas formas
prisioneiras
de corpos distantes




na casa de madeira
a chuva protesta

minha boca se inclina

ela sorri

enrola-se na noite

da paixão descoberta

desprendendo cheiro

a manga e canela


refugiado nas nuvens

carregadas de afectos

repouso o olhar

viajo-lhe o corpo

no silêncio cúmplice

adormeço, embriagado

de sonhos

pintados de fresco