
É sobre nós, Maria!
Na capulana das promessas
adiadas
com ela me percorri
vagueei nos silêncios
da fome de ternura
buscando suas formas
prisioneiras
de corpos distantes
na casa de madeira
a chuva protesta
minha boca se inclina
ela sorri
enrola-se na noite
da paixão descoberta
desprendendo cheiro
a manga e canela
refugiado nas nuvens
carregadas de afectos
repouso o olhar
viajo-lhe o corpo
no silêncio cúmplice
adormeço, embriagado
de sonhos
pintados de fresco