sábado, 14 de fevereiro de 2009

OUTRAS MADRUGADAS





pousado o sextante descansam horizontes
trilham veredas nas iniciáticas noites
por entre o empalidecer das formas
fundem-se em amálgama os sentidos
e nos derradeiros ósculos solares
últimos fulgores dos crepúsculos
aquietam-se cansados os corpos
não não são de água as suas sedes
revolvem nos lençóis as (in)certezas
gravitam em sonho e sonham infinitos
adormecem por fim em marés de luar
esperando o nascer de outras madrugadas

mariam 2009/02/13


Nota: Não resisti transportar, para este espaço, um pouco (?) da sensibilidade de alguém que cultiva a amizade, como poucos

3 comentários:

mariam [Maria Martins] disse...

Agry,

Obrigada!

um beijo
mariam

Avid disse...

Lindo, delicado q.b. sem deixar de ser forte. Bela escolha.
Bjs meus

vieira calado disse...

Ah, o poema da Mariam!

Boa escolha.
e ela merece.