quinta-feira, 7 de maio de 2009

NO INFINITO TÃO PRÓXIMO


Pela calada da noite
pé ante pé, sem ruido
afastamo-nos dos olhares
e dos sorrisos manhosos
vagueamos pelas ruelas
sem pressa
sem um protesto
repousamos os corpos
no infinito tão próximo
de nós
cobertos de desejos

4 comentários:

Ximbitane disse...

Pela calada da noite
Perdemo-nos em labirintos
De sonhos e pesadelos
Suantes e perturbantes
Pela calada da noite...

Vertigem disse...

Labirintos do ser... e o distante se torna verdade. Do corpo. Da alma.

mariam [Maria Martins] disse...

Agry,

um poema belíssimo, cheio de sentimento...

um abraço e o meu sorriso :)
mariam

Sombra de Anja disse...

Djalma Filho

Entre lençóis

Envoltos pela névoa de linho
os amantes se olham
indescobertos...

Envoltos por sins e temores
os amantes se tocam
cautelosamente...

Envoltos por olhos ardentes...
os amantes se desejam
misteriosamente...

Envoltos... no quarto fechado
há um não sobrar de
espaço para dois

As palavras sussurram delicadamente
prazeres inconfessáveis e não ditos
Mãos espalmadas em busca de espaço
desafiando as leis da física...
Pernas, ora trançadas ora retesadas...
querendo quebrar todos os limites
Bocas em beijos, em cada milímetro...
engolindo toda a possível resistência

Entre lençóis,
os amantes se esquecem
eternamente do tempo ...

Para quê tempo?
se, entre lençóis, eles
vivem tão intensamente?...

E... bem cá entre nós
- Para quê mais os lençóis?...